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Meus olhos, estagnados em uma direção, a sua boca. Os seus também. Meu coração sente o seu perto, o batimento aumenta. Seu nariz encosta no meu. O batimento para. Sua boca toca a minha, o batimento volta a 140 por minuto. Vamos no mesmo ritimo, sinto seu coração bem perto ao meu, balbuceando palavras de amor. Os sentimentos saem pela sua pele, se penetrando na minha. Meu coração pula de alegria, aumentando o seu batimento para 155. O dia chega ao fim, volto à minha jornada de sempre. Dia monótono, parado, sem emoção. Volto a ver-te. Teus olhos já nao brilham como ontem, nao transmitem emoções, mas ainda ficam estagnados em direção à minha boca. Algo te impede. Seu coração tenta sair pela boca, tenta se acolher junto ao meu, mas voce o impede. Sua cabeça dá ordens para que ele fique. Seus olhos vão de encontro ao chão, junto com seus sentimentos e seu coraçao. Voce vai embora.
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No inicio, a dor ainda batia em meu peito como uma pancada rigorosa e o sons de minhas palavras não ditas, deixadas pra lá em algum lugar do caminho, gritavam em minha mente como o estrondo de um raio certo perdido na incerteza da escuridão. Mas me lembro, que o tempo me anestesiou de algo que achava que nao tinha cura e minhas palavras comidas, mordidas, meio faladas, sairam de minha boca como cuspes freneticamente. Meus sentimentos foram jorrados para fora como sangue vermelho, meu amor, tudo de mim foi dado. Dei o que nao podia dar, dei o que nao queria dar, ME dei.
No final, a dor já nao batia mais em meu peito e existia dentro de mim um vazio imenso, um oco sem fim, não havia mais amor, odio, raiva, felicidade ou tristeza... Não me arrependo do fato de ter te amado demais, mas o amor me anestesiou os sentimentos.
por hoje é só de textos, hehe
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